sábado, 29 de novembro de 2008

Nota 81...


"Os computadores e o restante equipamento electrónico integram componentes que são tóxicos se não forem eliminados apropriadamente. Em todo o mundo são deitados fora todos os anos centenas de milhões de computadores e televisores, bem como milhões de telemóveis. Grande parte é abandonada sem precauções relativamente aos componentes potencialmente perigosos.

Os componentes dos resíduos electrónicos podem infiltrar-se no solo, na água ou dispersar-se na atmosfera se o equipamento for enterrado em aterros, incinerado ou mal desmantelado.

Chumbo: é prejudicial aos rins e ao aparelho reprodutor. Basta um baixo nível de exposição para afectar o desenvolvimento mental de uma criança.

PVC: A sua incineração produz dioxinas altamente tóxicas.

Retardadores de combustão brominados: Este grupo de compostos pode provocar lesões da tiróide e prejudicar o desenvolvimento fetal.

Bário: Exposição elevada causa complicações gastrintestinais, fraqueza muscular, dificuldade respiratória e subidas ou descidas da tensão arterial.

Crómio: A inalação da forma hexavalente do crómio pode causar lesões no fígado e nos rins, aumentar o risco de cancro no pulmão e provocar bronquite asmática.

Mercúrio: Associado a lesões cerebrais e renais; nocivo ao desenvolvimento fetal. Pode ser transmitido por aleitamento.

Berílio: Este agente carcinogéneo provoca doenças pulmonares.

Cádmio: Um exposição longa a este carcínogeneo provoca lesões nos rins e nos ossos."

National Geographic Fevereiro 2008

E o feitiço vira-se contra o feiticeiro....

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Nota 80...

"Partilhar, v. tr. fazer partilha de; dividir; repartir; intr. tomar parte; participar de; refl. ( fig.) desdobrar-se. ( De partilha+-ar)."

Dicionário Da Língua Portuguesa, Porto Editora 6ª edição

Para mim partilhar não é dar o que nos sobra ou temos a mais... será possível partilharmos a nossa vida com alguém?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nota 79...


"Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito"
Lucas 23: 46
Amanhã parto para a Suiça...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Nota 78...

" Quando sou fraco, então é que sou forte "
2 Cor 12,10

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Nota 77...

" Qualquer pessoa é capaz de ficar alegre e de bom humor quando está bem vestido"
Charles Dickens

Hoje fui mudar de visual... talvez para me alterar o humor... talvez por desejo de transformação na minha vida ou talvez porque a minha vida está a mudar... ainda não percebi muito bem porque é que volta e meia tenho necessidade de mudar algo exteriormente... não percebi porque me prendo a essa ilusão... talvez por pensar que interior e exterior sejam partes da pessoa que estão intimamente ligadas... lembro-me, há uns anos, ter resolvido assim do nada cortar o meu cabelo bem curtinho e isso mudou um pouco a minha maneira de ser e de estar... estranho mas verdade... Não gosto de monotonia e sempre tenho de mudar algo... sou uma pessoa de contrastes... crio "raízes" mas preciso de mudança...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nota 76...


"Morrer é apenas não ser visto. Morrer é a curva da estrada."
Fernando Pessoa

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Nota 75...

E porque se Santo Agostinho fosse vivo faria hoje anos...

"Seja a paz a nossa amada e amiga, seja o nosso coração o leito casto para descansar com ela, seja a sua companhia um descanso tranquilo e uma união sem amarguras, seja doce o seu abraço e inseparável a sua amizade"
" Ninguém é sábio se não for feliz"

Santo Agostinho

Existem seres imortais...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nota 74...

" As coisas belas, as obras de arte, os objectos sagrados, sofrem, como nós, os efeitos imparáveis da passagem do tempo. Desde o próprio instante em que o seu autor humano, consciente ou não da sua harmonia com o infinito, lhes põe ponto final e as entrega ao mundo, começa para elas uma vida que, ao longo dos séculos, as aproxima também da velhice e da morte. No entanto, esse tempo que a nós nos murcha e nos destrói, confere-lhes a elas uma nova forma de beleza que a velhice humana não poderia sequer sonhar alcançar."

Matilde Asensi in " O Último Catão"

terça-feira, 11 de novembro de 2008


Nota 73....

" A Lagarta foi a primeira a falar.
- De que tamanho queres ser? - perguntou
- Oh, eu não sou muito esquisita no tamanho - apressou-se Alice a dizer. - Só que não é muito agradável estar sempre a mudar, sabe?
- Não sei de nada - rispostou a Lagarta."
Lewis Carroll in "Alice no País das Maravilhas"

( "Conheço" alguém que me faz lembrar muito esta Lagarta... e curioso, há muito, mas muito tempo mesmo, que não ouvia mencionar a Alice e agora parece que encontro a Alice em cada virar da esquina, que perseguição... será porque ando mais atenta ou...será que virou moda... ou será alguma mensagem?)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Nota 72...


"Sê atento para ouvir e lento para responder. Se fores capaz, responde ao teu próximo; se não fores, fica calado. Falar pode trazer honra ou desonra, e a língua do homem é a sua ruína."
Esclesiástico 5, 11-13

domingo, 9 de novembro de 2008

Nota 71 ...

"Podíamos colocar as formalidades de lado ..."

Este pode ser o primeiro passo para um maior distanciamento...

Este pode ser o primeiro passo para uma ruptura, o acabar de algo que nunca chegou a ser...

sábado, 8 de novembro de 2008

Nota 70...

" Tento ser conciso,
e resulto obscuro."

Horácio in "A Arte Poética"

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Nota 69...

Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia, para comer e acertar alguns bugs de programação num sistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias, coisa que há tempos que não sei o que são.
Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e um sumo de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é?
Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
- Senhor, não tem umas moedinhas?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, eu compro um.
Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail.
Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadas malucas.
Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos. - Senhor, peça para colocar margarina e queijo.
Percebo nessa altura que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, está bem?
Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do menino, e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora.
O peso na consciência, impedem-me de o dizer.
Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição decente para ele. Então sentou-se à minha frente e perguntou:
- Senhor o que está fazer?
- Estou a ler uns e-mail.
- O que são e-mail?
- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses):
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Senhor você tem Internet?
- Tenho sim, essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet ?
- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que ele pouco vai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar, apanhar, pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Que bom isso. Gostei!
- Menino, entendeste o significado da palavra virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual.
- Tens computador?! - Exclamo eu!!!
- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.
A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo, enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar de fome e eu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais velha sai todo dia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque ela volta sempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imagino sempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos de natal e eu a estudar na escola para vir a ser um médico um dia.
Isto é virtual não é senhor???
Fechei o portátil, mas não fui a tempo de impedir que as lágrimas caíssem sobre o teclado. Esperei que o menino acabasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um "Brigado senhor, você é muito simpático!".
Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!
***
Mais um mail que recebi e quero partilhar... Penso que no fundo todos temos os nossos mundos onde nos refugiamos... mas... será bom fugir da realidade? Será que esses nossos mundos nos conduzem a alguma coisa?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Nota 68...

Às vezes não são as palavras que interessam mas o tom com que são proferidas...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nota 67a...



Fui comprar tabaco... como sempre ligo o rádio do carro... ouvi esta canção... há tanto tempo que não ouvia isto... veio a propósito? Não sei... talvez sim...

Nota 67...


Todos os dias de manhã bebo um sumo de toranja em jejum. É amargo, arrepia-me, cai-me no estômago como uma bomba, mas faz-me bem... e aprendi a gostar..
Hoje, estava a beber o dito cujo e pensei: será que as pessoas amargas, aquelas que me dizem coisas que me embrulham o estômago, também fazem bem de algum modo? Será que fazem bem pelo menos a elas próprias? Será porque neste mundo alguém tem de fazer um papel sujo para se aprender com isso?
Existem pessoas que parece não terem nada de agradável para dizer... só criticam os outros como se fossem seres perfeitos, todos são estupidos e limitados... nada para estas pessoas está bem... será que são felizes? Ou simplesmente a amargura fa-las indiferentes?
Tal como no sumo de toranja, não adianta adoçar porque aquele gosto amargo sempre fica lá...o curioso desta situação, é que quando pessoas assim se cruzam na minha vida, parece que aprendo a gostar delas, penso nelas, e por vezes com uma certa ternura... talvez me façam bem... talvez precise delas para aprender a ser um pouco... amarga ou a dar mais valor a outras coisas... ou talvez puxem por mim e me façam pensar... ou... talvez seja porque... as coisas simplesmente são assim...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Nota 66a....

Estamos a tomar forma...

Nota 66...

" Faça do sexo uma meditação a dois. Não o combata, não se oponha a ele. Seja amigável com o sexo. Você é uma parcela da natureza! De facto, o acto sexual não é um diálogo entre um homem e uma mulher, é o diálogo da homem com a natureza , por intermédio da mulher, e da mulher com a natureza por intermédio do homem. Por um instante, você insere-e na corrente cósmica, na harmonia celeste, estará de acordo com o Todo. Assim, o homem se realiza por meio da mulher e a mulher, por meio do homem.
Quando for capaz de ser espectador do seu acto sexual, conseguirá transcendê-lo, porque ao observá-lo, libertar-se-à.
Quanto ao homem, é por meio do sexo que ele se torna capaz de ser espectador das suas profundezas interiores"
André Van Lysebeth in " Tantra o Culto da Feminilidade, outra visão da vida e do sexo"

Maneiras de ver... maneiras de viver... que nos podem levar a reflectir um pouco...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Nota 65...



"Devo estar quase a chegar ao centro da Terra. Ora, deixa cá ver: isso seria seis mil quilómetros de profundidade, acho eu. ( É que, estão a ver, Alice tinha aprendido muitas coisas deste género nas suas aulas da escola, e embora esta não fosse uma excelente ocasião para alardear o seu conhecimento, visto que não havia ninguém que a ouvisse, não deixava por isso de ser um bom exercício de repetição)
- Sim, deve ser mais ou menos essa distância... mas, nesse caso, a que Latitude ou Longitude terei chegado? - ( Alice não fazia a mínima ideia do que era a Latitude nem a Longitude, mas achava que eram palavras pomposas para se dizer)
- Será que vou cair através da Terra? Que engraçado ir sair entre os povos que andam com a cabeça para baixo! Parece-me que são os antipatas... - ( sentiu-se bastante satisfeita por desta vez não haver ninguém que a ouvisse, já que aquela palavra não lhe soava nada bem- mas vou ter de lhes perguntar como se chama o país, claro está. Por favor, Minha Senhora, isto é a Nova Zelândia? Ou a Austrália? (...) - E ela há-de pensar que eu sou mesmo uma ignorante por lhe fazer tal pergunta.
Não, é melhor não perguntar: se calhar, verei o nome escrito em qualquer parte."

Lewis Carroll in "Alice no País das Maravilhas"

Por vezes gostamos de ter alguém que oiça as nossas aprendizagens para sentirmos os nossos progressos ou emendarmos os nossos erros... Precisamos trocar ideias...
Por vezes gostamos de usar palavras pomposas... isso faz-nos sentir importantes... mas quase sempre tem o efeito contrário...
Outras vezes mais valia estarmos calados...
Sempre temos receio de revelar as nossas ignorâncias e limitações... mas não será essa uma forma de aprender?

domingo, 2 de novembro de 2008

Nota 64...

" E de que serve um livro, pensou Alice, se não tem gravuras nem diálogos?"

Lewis Carol in "Alice no País das Maravilhas"

sábado, 1 de novembro de 2008

Nota 63...

Acção, reacção... causa, efeito...e assim gira o Mundo...