domingo, 31 de agosto de 2008

Nota 17...

"Coração quente, mente fria. O código do sedutor"
Carlos Ruiz Zafón in "A Sombra do Vento"
*
Penso que nunca conheci nenhum sedutor de verdade. Encontro mais corações frios e mentes quentes... Nem queimando os neurónios o coração aquece...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Nota 16...

" Analisando as informações de Betzig (antropóloga darwiniana da Universidade de Michigan) sobre os impérios primitivos, os romanos, os cristãos medievais e até governantes de épocas mais recentes, será legítimo presumir-se que, quando assumem um poder ilimitado, os homens o orientam primordialmente para dois objectivos inter-relacionados: a protecção da propriedade e a conquista de mulheres. Para onde quer que se olhe, e seja o que for que proclamem, este modelo parece confirmar-se. Dos atóis do Pacífico às selvas da Amazónia, das terras desoladas de Waco aos palácios reais do Brunei, e da praça de Tianamen à mansão Playboy, as mulheres são a moeda de troca, o incentivo e a recompensa do poder."Todo o dinheiro do mundo", comentou aquele que foi em tempos o homem mais rico do mundo, Aristóteles Onassis, "não significaria nada sem as mulheres". Mulheres, no plural, claro."

Simon Andreae in "Anatomia do Desejo"

Longos e tortuosos caminhos têm feito as mulheres ao longo dos séculos. Mas... será que estarão hoje em dia a percorrer um caminho correcto?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Nota 15...

" Um homem que está livre da religião tem oportunidade melhor de viver uma vida mais normal e completa"
Freud

"Uma vida sem religião é como um barco sem leme"
Gandhi

Eu acredito mais na segunda hipótese... Acredito no ser humano como um ser espiritual...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Nota 14...


" Que factores estão em jogo quando, por exemplo, pessoas com um QI elevado falham onde outras com um QI mais modesto se portam surpreendentemente bem? Eu diria que a diferença reside frequentemente nas capacidades a que aqui chamamos Inteligência Emocional, que inclui o autocontrolo, o zelo e a persistência, bem como a capacidade de nos motivarmos a nós mesmos. (...) Vivemos tempos em que o tecido da sociedade parece romper-se a uma velocidade cada vez maior, em que o egoísmo, a violência e a mesquinhez de espírito parecem querer desalojar o bem das nossas vidas em comunidade. Aqui o argumento a favor da importância da Inteligência Emocional assenta na ligação entre sentimento, carácter e instintos morais. Há cada vez mais provas de que as posições éticas fundamentais que tomamos na vida decorrem de capacidades emocionais subjacentes. Para começar, o impulso é o meio através do qual a emoção se exprime; a semente de todo o impulso é um sentimento que quer traduzir-se em acção. Aqueles que estão à mercê do impulso - aos quais falta autocontrolo - sofrem de um deficiência moral: a capacidade de controlar o impulso é a base da vontade e do carácter. Do mesmo modo, a raiz do altruísmo reside na empatia, na capacidade de ler as emoções dos outros; quem é incapaz de sentir as necessidades ou desespero de outra pessoa, não pode amar. E se há duas atitudes morais que os nossos tempos exigem, são precisamente estas, autodomínio e compaixão."
Daniel Goleman in "Inteligência Emocional"
*
Cada vez acredito mais na importância do equilíbrio emocional....uma das grandes prioridades da minha vida sempre foi manter-me emocionalmente estável. Sem esse equilíbrio nada parece funcionar à minha volta nem comigo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Nota 13...

" Disse-me uma vez, falávamos nós das pseudo-atrocidades da Idade Média: "Estas atrocidades afinal não são atrocidades nenhumas. Um homem da Idade Média havia de abominar todo o estilo da nossa vida de hoje, havia de achá-lo pior que cruel: terrível e bárbaro! Cada época, cada cultura, cada costume e tradição tem o seu estilo, as suavidades e durezas, atrocidades e belezas que lhe assentam, aceita como naturais determinados sofrimentos, suporta pacientemente determinados males. O verdadeiro sofrimento, o autêntico inferno, esse só advém na vida humana onde e quando duas épocas, duas culturas e duas religiões se intersectam. Um homem da Antiguidade que tivesse tido de viver na Idade Média, teria asfixiado miseravelmente, como também asfixiaria um selvagem transportado à nossa civilização. Agora, há épocas em que toda a geração se encontra a tal ponto enfaixada entre duas épocas, entre dois estilos de vida, que perde toda a naturalidade, toda a moral, toda a segurança e inocência. É claro que nem todo sentem isto com a mesma intensidade."
Hermann Hesse in "O Lobo das Estepes"
*
Tudo tem o seu tempo . Para certas coisas não adianta muito olhar para trás ou para a frente. Nunca conseguiremos viver o passado ou o futuro na sua plenitude.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Nota 12...

"Criamos uma máscara para se encontrar com as máscaras dos outros. E então perguntamo-nos por que não seremos capazes de amar, e por que nos sentimos tão sós."
Eshin
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E o ser humano é um "animal de hábitos"... e o ser humano procura adaptar-se... e o ser humano agarra-se ao "parecer" e esquece-se de... SER.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Nota 11...

"- Não me ofenda, Daniel. Recordo-lhe que está a falar com um profissional da sedução, e isso do beijo é para amadores e diletantes de pantufa. A mulher de verdade conquista-se pouco a pouco. É tudo uma questão de psicologia, como uma boa faena na praça.
- Ou seja, deu-lhe tampa.
- A Fermín Romero de Torres nem S. Roque dá tampas. O que acontece é que o homem, voltando a Freud e passe a metáfora, aquece como uma lâmpada: ao rubro num ápice e frio outra vez num ai. A fêmea, porém, aquece como um ferro de engomar, está a perceber? Pouco a pouco, a fogo lento, como a boa escudella. Mas lá quando aquece, não há quem pare aquilo. Como os altos-fornos da Biscaia.(...) Há por aí pategos que acham que se puserem a mão no cu a uma mulher e ela não se queixar, já a têm no papo. Aprendizes. O coração da fêmea é um labirinto de subtilezas que desafia a mente grosseira do macho trapasseiro. Se quiser realmente possuir uma mulher, tem de pensar como ela, e a primeira coisa é conquistar-lhe a alma. O resto, o doce envoltório macio que nos faz perder o sentido e a virtude, vem por acréscimo."

* os ferros a que se refere o texto são ferros antigos que ainda se aqueciam no fogão.
* escudella é uma sopa típica catalã

In "A Sombra do Vento" de Carlos Ruíz Zafón

Ainda existem homens que não entenderam que as mulheres apesar de serem seres humanos como eles, são diferentes.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Nota 10...



O SEPPUKU
O Bushido ensinava que a desonra é um mal que nunca cicatriza.

O ritual do seppuku (suicídio ) ou haraquiri, tornava-se obrigatório quando o samurai cometia uma falha que manchasse o seu caráter , quando era aprisionado pelo inimigo, quando era deixado vivo após perder uma batalha, ou quando seu senhor morresse - a lealdade era um conceito valoroso para os guerreiros.
O suicídio era tão litúrgico quanto a conduta em vida.
Realizava-se o seppuku geralmente com uma adaga.
Ajoelhado, o samurai perfurava o próprio ventre e dilacerava-o em forma de L ou cruz, até as vísceras ficarem expostas.
A exposição das vísceras simbolizava que ele estava mostrando a sua verdade, oferecendo o seu interior para ser purificado.
Após isso, outro samurai, escolhido pelo suicida, decepava-lhe a cabeça, como um golpe de misericórdia.
O Bushido era o suporte mental dos samurais.

Só para dar continuação ao post anterior... Honra era algo que os Samurais levavam muito a sério. Hoje em dia, principalmente a nível de Ocidente, honra é algo que não se percebe muito bem o que é, infelizmente... As coisas têm mudado tanto nos últimos anos que hoje só a palavra de alguém pouco conta. Redigem-se contractos para segurança e algumas vezes até mal intencionados, com letras pequenas e armadilhas de jogo de palavras que por vezes nos passam ao lado .. a burocracia impera, e não só... se é que me faço entender!


quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Nota 9...


Código Bushido

(Bushido é uma palavra japonesa que resulta da soma de "Bushi" (samurai, guerreiro) + "do" (caminho). )


Honra (Meiyo)
É a qualidade essencial Ninguèm pode pretender ser Budoka (guerreiro no sentido nobre da expressão) se não tiver postura honorifica. É da honra que partem todas as outras qualidades. É ter um código moral e um ideal, de maneira a ter sempre um comportamento digno e respeitavel.

Fidelidade (Chijitsu)
Não pode existir honra sem fidelidade e lealdade em relação a certos ideais e para quem os partilha. Ela simboliza a necessidade de cumprir as promessas.

Sinceridade (Seuitsu)
A fidelidade necessita de sinceridade nas palavras e nos actos. A mentira arrasta a desconfiança que é a origem de todas as separações.

Coragem (Yuuki ou Yuukan)
A força da alma que permite enfrentar o sofrimento chama-se coragem. É essa coragem que nos leva a fazer respeitar o que aos nossos olhos nos parece justo, e que apesar de medo e receios nos permite enfrentar os obstáculos.

Bondade (Shintetsu)
A bondade é um sinal de coragem e que mostra um grande sentido de humanidade. Ela leva-nos a ser atento para com o próximo e ao que nos rodeia, a ser respeitoso para com a vida.

Humildade (Ken)
Saber ser humilde, isento de orgulho e vaidade, sem fingir, são garantias da modéstia.

Verticalidade (Tadashi ou Sei)
Seguir a linha do dever e nunca mais se desviar, lealdade, honestidade e sinceridade são os pilares dessa verticalidade.

Respeito (Sonchoo)
A verticalidade dá origem ao respeito para com o próximo . A gentileza é a expressão desse respeito para com o próximo quais quer que sejam as suas qualidades, fraquezas ou posição social. Saber tratar as pessoas e as coisas com decência e respeitar o sagrado é o primeiro dever de um Budoka

Controle (Seigyo)
Qualidade essêncial, representa a possibilidade de dominar os nossos sentimentos.,impulsos e controlar o nosso instinto.




Eu não tenho parentes, faço do céu e da terra meus parentes.

Eu não tenho poder divino, faço da honestidade minha força.
Eu não tenho condutas, faço da humildade minha maneira de relacionamento.
Eu não tenho dotes mágicos, faço da minha força de espírito meu poder mágico.
Eu não tenho nem vida, nem morte, faço da eternidade minha vida e minha morte.
Eu não tenho corpo, faço da coragem meu corpo.
Eu não tenho olhos, faço do relâmpago meus olhos.
Eu não tenho ouvidos, faço do bom senso meus ouvidos.
Eu não tenho membros, faço da vivacidade meus membros.
Eu não tenho projetos, faço da oportunidade meus projetos.
Eu não sou um prodígio, faço do respeito à verdadeira doutrina o meu milagre.
Eu não tenho dogmas rígidos, faço da adaptabilidade a todas as coisas o meu princípio.
Eu não tenho amigos, faço do espírito meu amigo.
Eu não tenho inimigos, faço da distração meu inimigo.
Eu não tenho armadura, faço da sinceridade e de minha retidão minha armadura.
Eu não tenho castelo fortificado para me defender, faço da minha sabedoria de espírito meu castelo.
Eu não tenho espada, faço da minha calma e silêncio espiritual minha espada.
***

Há muito que me atrai a cultura Japonesa... porque não usar este código como guerreiros que somos nesta "luta" que é a vida?



terça-feira, 19 de agosto de 2008

Nota 8...

"O desejo sexual é o mais poderoso dos desejos humanos. Levados pela sua pulsão, os homens desenvolvem profundamente a sua imaginação, coragem, força de vontade, persistência e criatividade de um modo muito superior ao que possuem habitualmente"
Napoleón Hill ( 1883-1970)

Essa força interior pode por vezes ser tão forte que leva o ser humano a ter atitudes impensáveis. Pode leva-lo a pôr em jogo a sua dignidade, reputação e até a vida. No entanto esse desejo interior, que nunca deve ser reprimido ou eliminado, e que é inato e natural pode ajudar-nos em vários campos enriquecendo a mente o corpo e o espírito.
O desejo sexual não tem de ser só manifestado através da parte física.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Nota 7...

"Qualquer um pode zangar-se - isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e da maneira certa - isso não é fácil."
In "Ética a Nicómaco" Aristóteles


Eu concordo...

Nota 6...

Os "Leões" mostraram a sua raça... Allez... Allez

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Nota 5...


Nem só de pão vive o Homem... e existem tantos tipos de "fome" e alguns tão ou mais graves e preocupantes do que a fome de alimentos...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Nota 4...

"Cada pessoa só pode entender as coisas do seu próprio ponto de vista"
In "O Maior Psicólogo de Todos os Tempos. Jesus e a sabedoria da Alma" de Dr. Mark W. Baker
*
Já me apercebi disso muitas vezes. Por isso certas discussões são inúteis. Cada pessoa carrega consigo toda uma experiência de vida ou vidas ( como entenderem melhor) e personalidade que a faz diferente dos demais.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Nota 3...





Pessoalmente prefiro os originais de cada época...

Nota 2...

" Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores"

Charles W. Elliot


Para mim também a música é uma amiga inseparável, constante, menos silenciosa e igualmente uma paciente professora que encerra uma enorme sabedoria e uma excelente conselheira. Desperta-me emoções, altera-me estados de espírito, conduz-me a mundos de fantasia aguçando-me a criatividade, despertando-me vontades...

Dois bons mestres: os livros e a música, sem dúvida...





segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Nota 1...

"- Este lugar é um mistério, Daniel, um santuário. Cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se forte.(...) Neste lugar, os livros de que já ninguém se lembra, os livros que se perderam no tempo, vivem para sempre, esperando chegar um dia às mãos de um novo leitor, de um novo espírito. Na loja nós vendemo-los e compramo-los, mas na realidade os livros não têm dono. Cada livro que aqui vês foi o melhor amigo de alguém."
in" A Sombra do Vento" de Carlos Ruiz Zafón
Adoro livros... mas o engraçado é que não gosto de pedir livros emprestados, ainda não sei bem porquê... Gosto de os sentir nas minhas mãos, do seu cheiro, peso, textura e gosto de sublinhar o que me marca. Com certos livros, depois de os ler, durante algum tempo sinto saudades das suas personagens e vêm-me imagens à cabeça, como se se tratassem de situações da minha vida. Alguns livros marcaram-me mais do que certas pessoas...e ainda recordo as suas personagens. Sinto por vezes, nas livrarias, que são os livros que me escolhem e só podem ser lidos na altura que realmente é a ideal. Não adianta lê-los antes... não os vou entender. O livros têm alma... só pode!

sábado, 9 de agosto de 2008

Bloco de Notas: Reticências...

Reticências...
As reticências são, na escrita, a sequência de três pontos (sinal gráfico: …) no fim, no início ou no meio de uma frase. A utilização deste género de pontuação indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte de quem exprime esse conteúdo, reticência, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não o é.
Origem da reticência...
O verbo latino tacere significava "calar", permanecer em silêncio, e deu lugar ao verbo francês taire. Em nossa língua, derivam-se de tacere palavras como tácito e taciturno, além de reticência, uma figura retórica que consiste em deixar incompleta uma frase, dando a entender, no entanto, o sentido do que não se diz e, às vezes, muito mais.
A palavra reticência provém do latim reticere (calar alguma coisa), formada mediante tacere precedida do prefixo "re-", que neste caso tem o sentido de retrair-se para dentro. A troca de "a" para "i" na passagem de tacere a reticere chama-se apofonia e ocorre com freqüência nas raízes latinas empregadas em línguas romances.
No contexto, é lida como etecétera, que provém do latim: et cetera= e algo mais.
in Wikipédia

Bloco de Notas: O Segundo Ponto...

“Conclui poucas coisas e mais nada.
A vida é curta demais.
Existem três pontos a considerar. o nascer e o morrer: indubitáveis.
E existe outro campo que se resume a um ponto onde a intensidade é o que faz a diferença,
Nem mais ou menos. Isso.
O segundo ponto das reticências.”
Márcio Bezerra