quarta-feira, 25 de março de 2009

Nota 119...

"A linguagem dirige os nossos pensamentos para direcções específicas e, de alguma forma, ela ajuda-nos a criar a nossa realidade, potencializando ou limitando as nossas possibilidades. A habilidade de usar a linguagem com precisão é essencial para uma boa comunicação.
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1. Cuidado com a palavra "Não". A frase que contém NÃO, para ser compreendida, traz à mente o que está junto dela. O NÃO existe apenas na linguagem e não na experiência. Por exemplo: Pense em "NÃO"... Não vem nada à mente. Agora, vou pedir-lhe que não pense na cor vermelha... Eu pedi para NÃO pensar na cor vermelha e você pensou. Procure falar no positivo. O que quer e o que não quer.
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2. Cuidado com a palavra "Mas", que nega tudo o que vem antes. Por exemplo : O Pedro é um rapaz inteligente, esforçado, MAS... Substitua o MAS por E, quando indicado.
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3. Cuidado com a palavra "Tentar" que pressupõe a possibilidade de falha. Por exemplo: Vou tentar encontrar-me consigo amanhá às 8 horas. Por outras palavras: Tenho uma grande hipótese de não ir, pois vou "tentar". Evite TENTAR, FAÇA.
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4. Cuidado com o "Não posso" ou "Não consigo", que dão ideia de incapacidade pessoal. Use "NÃO QUERO", "NÃO PODIA"ou "NÃO CONSEGUIA", que pressupõe que vai conseguir, que vai poder.
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5. Cuidado com as palavras "DEVO", "TENHO QUE" ou "PRECISO", pressupõem que algo externo controla a sua vida. Em vez delas use "QUERO", "DECIDO", "VOU"."
Dr Jairo Mancilha, Ph. D/ neurolinguística, cardiologista e psiquiatra
( Continua )

8 comentários:

BlackQuartzo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Bem, no outro dia usei a expressão "Quero uma vida real..."
Pelos vistos, pelo que aqui está escrito é bom sinal!

Mas também sei que nem sempre uso os termos mais positivos apesar de o tentar fazer.

Uma das coisas que li aqui, é algo que tenho aplicado sempre com o meu filho. O Cuidado de evitar utilizar a palavra "NÃO" com ele. Quando lhe tento incutir algo ou corrigir algo, evito usar os "Não faças...", "Não podes...", "Não quero que..." etc.
Desde que sou pequeno que o meu pai utiliza demasiado a palavra "Não" na educação. Sei que muitos dos meus erros ao longo da vida foram precisamente porque sou por natureza um "fora-da-lei". Faço precisamente sempre o contrário do que me dizem para não fazer.
Gosto que me expliquem porque não devo fazer algo... não gosto que me digam simplesmente para "Não" fazer algo.
Desta forma uso mais a "técnica" de conversar com o meu filho do que o repreender ou proibir. Mas isso também não quer dizer que o deixe fazer tudo... se ele insistir em "Não" querer entender por vezes tem que ouvir um "Não" mesmo. :)

PS: Vamos lá todos começar a falar positivo então! :))

beijos

Anónimo disse...

Agradeço que apagues e ignores o primeiro comentário que enviei e apaguei. Se estiveres atenta sabes porquê!

beijos

MIG-L disse...

Para a próxima VOU olhar directamente, deixando para trás os MAS ainda que causados pela ronha e... FAÇO-O mesmo. VOU CONSEGUIR porque QUERO e DECIDO. Está bem assim? :))) Beijinhos!
NM

Trolha disse...

Eu sou muito assertivo.Talvez até demais. E uso muito a palavra "QUERO". E "FAZ O QUE TENS A FAZER!"
E regra geral, não pedem explicações complementares.
Beijo e bom fds

(...) disse...

Trolha... assertivo demais já me parece sair da assertividade... talvez sejas assertivo em certas alturas por uma questão profissional... no entanto penso que por vezes essa tua assertividade passa mais por uma questão diplomática ou de bom senso, de defensa até...

A palavra "quero" num contexto errado não leva a um comportamento dito assertivo...

O "faz o que tens a fazer"... pode demonstrar realmente respeito pelas ideias de outrém mas também pode demonstrar outro tipo de situações. Claro que tudo depende das circusntancias, do uso de uma linguagem não verbal, do tom de voz, etc, etc...

Já te perguntaste porque não pedem explicações complementares? Será que nessas alturas foste mesmo assertivo?

(...) disse...

NM...Não está totalmente bem assim... mas também o que está tolamente bem???

Entenderás quando eu colocar a continuação a este post...

Beijo...

(...) disse...

É complicado mudar toda uma estrutura a que nos habituaram desde crinaça... mas podemos sempre tentar...

Educar uma criança é algo complexo... elas não vêm com livros de instrução... e não existem regras... a meu ver há que escutar o nosso coração e tudo fazer por amor...

Os filhos vão sempre ter razão de queixa dos pais... mas isso é bom... é porque aprenderam alguma coisa...

Sempre penso que a base da educação está nos exemplos que damos, Pouco adianta dizer determinada coisa se fazemos ao contrário...

Pelo que me relatas aprendeste coisas com o teu pai, mesmo sendo de forma dolorosa...

O dialogo sempre faz bem... mas por vezes as crianças por muito que lhes expliquemos não têm capacidade para apreender certas coisas... ainda lhes falta experiência de vida... claro que sempre podes ires explicando mas não desesperes.

Aprendi durante a minha vida que as crianças e jovens, apesar de desafiarem a autoridade dos adultos, precisam de sentir firmeza da parte destes. Precisam que lhes sejam impostos limites. Precisam sentir disciplina e orientação. Não resulta muito bem os adultos porem-se ao nivel das crianças em muitas coisas.Isso faz com que elas se sintam mais frageis e desprotegidas. Claro que tudo o que é demais é prejudicial. Autoridade em excesso, protecção em excesso,tolerância em excesso etc etc... fazem mal. Atenção no entanto que esses excessos são diferentes de criança para criança...Penso que mesmo irmãos não podem ser tratados da mesma maneira... cada ser é único... apesar de eles depois refilarem por haverem tratamentos desiguais...

Isto daria quilometros de escrita e até uma boa troca de ideias e experiências...

Não entendi porque apagaste o primeiro comentário... mas se ele não está lá é porque assim entendeste ser o correcto...

Beijo...