sábado, 31 de janeiro de 2009

Nota 104...


Nunca deveria ser preciso fazer uma pergunta destas? Nem a costumamos fazer, mas...talvez devessemos fazer, mas... será que obtinhamos respostas sinceras? Porque será que sempre esperamos por alturas ideais, por momentos especiais...? Porque será que sempre fica tanto por dizer?

11 comentários:

MIG-L disse...

Diria tão somente que todo o tempo vivido em conjunto, terá valido muito a pena. Por outro lado, sabemos que às portas da morte, todas as pessoas são boas e valem sempre a pena... No entanto não sei porque assim é e apesar disso, não mudo em relação a pessoas que pouco me dizem. Já o muito que fica por dizer, é precisamente pela escassez de tempo para o fazer.
Muito sinceramente, não gostei deste teu post. Para quem tem uma opinião muito favorável e afirmativa perante a vida, fica um amargo de boca ao "encontrar" o que aqui deixaste.
Um beijinho.NM

(...) disse...

Bom... digamos que esta pergunta é mais para pensar do que para responder... aliás este post vem em seguimento de outros como deves ter reparado. É... as pesoas quando morrem ou estão para morrer são sempre boas... isto não nos levará a pensar em nada? Pois é nessa escassez de tempo que deveriamos pensar...quando certas coisas acontecem parece termos tempo para tudo... estranho isso não é?
Não gostaste do post porquê? Porque fala da morte? O ter uma opinião favorável e afirmativa perante a vida passa por saber que existe algo de que não podemos fugir ou evitar. Algo que poderá aparecer de surpresa como muitas coisas na vida e que deviamos ter isso em conta.Ninguem morre em vão... pelo menos nessas alturas pasamos por um pequeno periodo em que reflectimos muita coisa. Pena é voltarmos ao mesmo e deixarmo nos levar pela "escassez de tempo" Já viste muitos filmes ou leste livros ou presenciaste pessoas em estado terminal... já analisaste as lições de vida que daí advêem?
Claro que não conseguimos viver cada dia como se fosse o primeiro ou o último... mas viver como se a vida se prolongasse eternamente também não será de todo muito positivo... acho eu, claro. A morte faz parte da vida e talvez até seja a ponte de passagem para outra vida... porque não pensar nela? A morte é algo que está em nós... é muitas vezes ela que nos direcciona para determinadas acções mesmo de uma forma inconsciente...lutamos contra ela todos os dias..porque fingirmos que não é nada connosco? Enfrentar as coisas é uma forma de as solucionarmos...o nosso grande medo passa por perdermos o controlo das coisas mas isso é uma ilusão... não controlamos assim tanta coisa... a vida é uma constante surpresa...
É só tão simplesmente: Não guardes para amanha o que poderias fazer hoje... que não seja necessário sermos chamados a atenção da pior forma para reflectirmos no que andamos a fazer...

Beijo...

Anónimo disse...

É. De facto, as pessoas tendem a esquecer-se que não existem pessoas imortais, e por vezes perdem demasiado tempo a fazer da vida um jogo... um conto... uma história... um livro... um filme... e esquecem-se, que de repente, poderá ficar por dizer um "olá"... ficar por "beber um café"... ficar por "dar um passeio"... ficar por "dar um beijo"................



Um dia olhamos para o lado e alguém já não está lá... aí vamos ficar a pensar em tudo o que não dissemos... tudo o que não fizemos.


Ninguém é imortal.

(...) disse...

Cercatrova... eu às vezes acho até que nós próprios pensamos que somos imortais a julgar pelas tropelias que fazemos todos os dias, mas... enfim...

Até podemos fazer da vida um jogo, uma história... afinal, e isto a meu ver, somos responsáveis por muitas das coisas que nso acontecem... mas insistimos em não parar um pouco para pensar, e mudar o que pode ser mudado, e olhar à nossa volta e ver com olhos de ver...

Quando perdemos algo ou alguém é que lhes damos o devido valor... é talvez por isso que as pessoas que morrem sejam elas na sua maioria sempre boas pessoas. Só aí reconhecemos.

Alguém disse qualquer coisa deste genero: enquanto uma pessoa existir na memoria ou no coração de alguém viverá...

Beijo...

Anónimo disse...

Apesar de soturno, o post, é muito interessante.
Gostei da frase: "Um dia olhamos para o lado e alguém já não está lá... aí vamos ficar a pensar em tudo o que não dissemos... tudo o que não fizemos."
É verdadeira e infelizmente é o que acontece na vida de mta gente. É o medo que os impede de fazer/dizer aquilo que os pode fazer felizes?
Nesta nova etapa da minha vida estou mais exigente cmg e com os outros. Mta coisa muda, menos a vontade de viver, amar, sonhar. É demasiado bom pra uma só pessoa?

BJ e já sabes que adoro o blog.
Continua o bom trabalho:)

(...) disse...

Maria... fico sempre muito contente quando vejo um comentário teu... :)

Pode ser um pouco soturno sim... mas o que é certo é que tudo depende da forma como vemos as coisas... de coisas menos boas podemos ver sempre algo de bom... talvez este post tambem tenha ajudado a ver que do mau sempre se extrai algo de bom... e que cada pessoa tem a sua forma muito propria de abordagem...

É verdade... já às vezes me acontece olhar para o lado e verificar que tanta coisa já acabou sem que eu tivsses dado conta e valorizado devidamente...Por isso tento não cometer esse erro... apesar que vamos sempre achar que nunca foi o suficiente...

Sempre digo que o medo e as dúvidas são limitativas e muitas vezes são só coisas imaginadas por nós... e quanto mais medo temos ou duvidas pior ficam as coisas...

Outras vezes não são o medos e as dúvidas mas a acomodação, a falta de tempo para parar um pouco... simplesmente vamos adiando situações... não sei bem à espera de quê. De que elas se resolvam por si? Será?

Sermos por vezes exigentes connosco e com os outros pode complicar... digo isto porque em tempos já fui muito perfeccionista... e não foi bom... agora prefiro rir me dos meu lado imperfeito e humano,quanto ao ser exigente com os outros... tambem vou sendo mais flexivel. Não posso querer que as pessoas sejam como eu quero. Tento aceita las e se não consigo é porque essas pessoas não fazem parte de mim e o afastamento vai acontecendo. Não somos obrigados a gostar de toda a gente.

Por vezes acho que essa coisa de sermos exigentes com os outros parece mais uma auto punição... isto é a minha maneira de ver...foi so um desabafo

Acho muito bem que mantenhas essa vontade de viver, amar e sonhar... acho que sem isso nada resta.

Também sou uma sonhadora... disso não me arrependo... nem de amar até doer... disso tambem não me arrependo...

Nada é demasiado bom para uma pessoa só...

Volta sempre

Beijo...

Anónimo disse...

Não consegui perceber certas coisas que escreveste.
"Por vezes acho que essa coisa de sermos exigentes com os outros parece mais uma auto punição... isto é a minha maneira de ver...foi so um desabafo"
Como é que eu me puno em ser exigente com os outros? Consigo compreender que sendo exigente cmg mesma é uma espécie de punição mas com os outros? Como é que me puno?

Concordo quando dizes que não podemos gostar de toda a gente. penso que mesmo pessoas que em tempos gostamos e consideravamos como grandes amigos(as)possam passar a ser indiferentes. Talvez por erros de ambas as partes isso pode acontecer, mas a repetição de situações desagradáveis pode levar a isso. Quanto à flexibilidade ao lidar com os outros, penso que até certo ponto sou flexível e perdoo os erros, mas tb não sou perfeita e por vezes não quero nem acho que deva perdoar. Serei assim mto má pessoa por isso?

As situações raramente se resolvem por si próprias. Temos que ser nós a lutar para as resolver. Não adianta ficar à espera que alguém as venha resolver. Temos que ser nós.

Gosto de passar por cá:) poucas vezes passo, mas são produtivas...
BJ

(...) disse...

Maria... pela minha maneira de estar na vida e de ver as coisas as pessoas que noa rodeiam servem nos de orientação. Por isso quando exigimos aos outros é como se estivessemos a exigir a nós mesmos. Não raras vezes, mas isto fazendo eu uma análise de mim e do meu mundo, acabamos por exigir ao outros aquilo que não somos capazes de fazer, ou que gostarimaos de fazer. Fazemos muitas projecções de nós mesmos nos outros... mas não sou dona da verdade...é só um ponto de vista...

Penso também que o ser humano está em constante mutação. Amigos que o eram deixam de fazer sentido na nossa vida quando mudamos em sentido contrario ao deles.

Já "perdi" muitos amigos e hoje vejo isso com naturalidade... olhando agora para eles e para mim, já pouco me têm a dizer, já não fazem sentido. Não chamo erros mas uma coisa natural da vida. Simlesmente deixamos de nos identificar, seguimos rumos diferentes.

Perdoar não é facil é preciso no fundo que se aceite acredite e esqueça!

Apesar de a fronteira ser muito tenue, ser-se bom é uma coisa, ser-se parvo outra bem diferente. É logico que não nos devemos deixar magoar, nem espezinhar, nem perder a dignidade...

Também acho que as situaçoes nao se resolvem por si mas por vezes é preciso deixar fluir até que as poeiras assentem, até termos um "sinal"... Em certa alturas não adianta pensar e repensar no mesmo, nem "malhar em ferro frio", se não damos um certo espaço acabamos por cair sempre num tipo de pensamento viciado...

Ainda bem que gostas de passar por aqui :)... vou aguardando pelas tuas visitas e comentarios, Se um dia precisares de "falar" sabes como me encontrar

Beijo...

Anónimo disse...

"Apesar de a fronteira ser muito tenue, ser-se bom é uma coisa, ser-se parvo outra bem diferente. É logico que não nos devemos deixar magoar, nem espezinhar, nem perder a dignidade..."

Adorei mesmo esta tua passagem... É que adorei mesmo... pensas tal e qual como eu.

Trabalho numa empresa onde trabalham também dois casais jovens comigo. Este fim de semana fui à FNAC com os dois homens colegas e ambos decidiram comprar o mesmo CD para oferecer às respectivas mulheres.
Hoje soube por um deles, que a mulher dele, fez uma cópia e guardou o original na caixinha de recordações.
Quanto ao outro... vi um CD todo colado com adesivos no placard dos "perdidos e achados" da empresa, com um bilhete assinado pela mulher dele que dizia "O parvo que ofereceu este CD que o leve de volta". Fui ter com ele e perguntei-lhe se ele estava bem. Ele perguntou-me: "Achas que devo pedir o divórcio?"
Eu respondi-lhe: "Achas que uma pessoa que sente prazer em te magoar, te espezinhar e te humilhar, na realidade te ama?"
Ele respondeu: "Não!"
Eu disse-lhe: "Então tens ai a resposta à tua pergunta!..."

Anónimo disse...

háaaa... isto voltando a comentar a imagem do post... se ele morresse amanha, o que ela lhe tinha dito foi: "Pega no CD e F###-te"

(...) disse...

Cercatrova... por vezes a fronteira entre o Amor e o ódio também pode passar despercebida...

Também fui aprendendo... é dificil dar conselhos a alguém sobre uma relação... e a maior parte das desavenças tem a ver com mal entendidos... as pessoas não falam, não se explicam, remoem, fazem "filmes", acumulam, ficam à espera... essas coisas assim...também por vezes responsabilizam o outro pela sua felicidade, descarregam no outro as suas carências e frustações... penso que só mesmo os intervenientes podem ter solução para as coisas...

Sabes se essa atitude tomada por essa mulher é uma chamada de atenção? Um apelo de ajuda?

Às vezes penso que quando as pessoas deixam realmente de amar tudo se torna mais pacifico, mas posso estar errada...

Mesmo quando as pessoas se separam fisicamente, se existirem magoas ódio e afins... a relação mantem-se e muito forte!

Beijo...