segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Nota 150...


"As duas maneiras de pensar ( pensamento calculista e pensamento reflexivo) são perfeitamente legítimas e necessárias, mas justamente por isso nenhuma das duas pode ser reduzida à outra. O que significa que devem existir tanto o pensamento calculista orientado para a factibilidade como o pensamento reflexivo voltado para o sentido das coisas. (...) o receio de que numa época em que o pensamento calculista alcança os triunfos mais admiráveis, o ser humano esteja ameaçado , mais do que anteriormente, pela falta de reflexão e aversão à mesma. Concentrando o seu pensamento exclusivamente no factível o homem corre o perigo de se esquecer da reflexão sobre si mesmo e sobre o sentido do seu ser."
Joseph Ratzinger in " Introdução ao Cristianismo"
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Como anda a nossa forma de pensar?

2 comentários:

BlackQuartzo disse...

A minha forma de pensar é por natureza factível.
O meu dia-a-dia exige-me que seja factível, lógico e racional. Calculista, mas não no sentido depreciativo da palavra.
No entanto tenho-me agarrado bastante ao pensamento reflexivo como forma de combate a certos factos instalados neste momento na minha vida.
Factos que tudo apontam num sentido... mas que tento contrariar, reflectindo sobre a possibilidade de esses factos estarem errados e a minha "vida" regressar.


beijo

(...) disse...

Será que a tua forma de pensar é por natureza assim ou... aprendeu, acostumou-se a ser assim?
Eu entendo... hoje em dia é-nos exigido que assim sejamos, mas penso não estar a dar bom resultado. Faz-nos sempre falta, nem que sejam, ínfimos momentos de reflexão. Faz-nos falta "sentir".
Cada vez acredito mais que somos aquilo que pensamos... logo temos de "educar" a mente, discipliná-la. Claro que "vícios" não se mudam de um dia para o outro e é preciso muita paciência, persistência, condescendência...
Não basta contrariar, mas mudar, substituir e acima de tudo, penso ser vital, não dar demasiada importância ao que se quer mudar... isso será alimentar...
Beijo...